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Emprestar livros? Pode sim!

Acho que nunca comentei no blog que faço Biblioteconomia. Já pensei em fazer posts sobre isso, mas nunca soube o que escrever. Então, tirando o "Sobre mim" no perfil, nunca cheguei a falar sobre isso aqui. O curso não era a minha primeira opção (Era a segunda de três rs), mas é algo que me vejo fazendo para o resto da vida. E porque falar sobre isso nesse post? Por ser uma das mil funções do bibliotecário.

Fonte imagem: V ENEIMAGEM
Antes mesmo de entrar no curso, não me via como aquelas pessoas que mantêm os livros fechados a sete chaves. Se tenho, gosto de compartilhar. Apesar de não ser do tipo que coloca livros para troca, o empréstimo sempre foi uma ótima maneira para comentar sobre o que estava lendo com meus amigos. Emprestando e pegando emprestado. Na adolescência a maioria dos livros que lia eram velhos presentes de minha avó e os demais livros pegos em bibliotecas. E eis uma coisa interessante, já li comentários em grupos literários em que as pessoas só leem se compram o livro (alguns dizendo claramente que não gostam de bibliotecas). Fiquei totalmente chocada! Se o que vale é o conteúdo em si e o gosto de ler, qual é a diferença entre pegar emprestado de um amigo e/ou de uma biblioteca?

Sinceramente, alguns leitores gostam do fato de poder mostrar para o mundo seus incríveis e belos "bebês" e não apenas ter um mundo novo para se aventurar. Afinal, como mostrar quantos livros já leu se não os tem na estante (sarcasmo, siiim)? Entretanto, o proposito deste post é bem diferente do rumo que estou tomando. Quero salientar aqui a prática de emprestar os livros, que pode não ser tão ruim como muitos pensam.

Como um item que compro ou ganho, gosto que tomem cuidado quando empresto. Então apesar do coração aberto sempre tenho umas regrinhas de empréstimo. Que na verdade são bem básicas e óbvias:

1- Tomar cuidado: Qualquer coisa que você empresta ou pega emprestado é esperado uma devolução no mesmo estado. Sem dobras, amassados, canetas, anotações... O item não é seu, então não pense que pode tomar decisões sobre ele.

2- Não use a orelha para marcar páginas: Sério, eu posso até te dar um marcador, apenas não faça isso!

3- Tente não comer, beber e ficar passeando com ele na mão: Além de ficar nojento, é ótimo para atrair insetos que gostam de acabar com seu livro e até mesmo estante. E a gente sabe que quando vão beber algo em cima do livro nunca é água, né?

4- Devolva: O livro não é seu! Ponto.

5- Tome cuidado mesmo: Nunca é demais lembrar, né?

6- Nunca empresto livro que ainda não li: É uma regra mais interna. Depois que leio empresto com o maior prazer.

Emprestei e o livro não voltou 100%? Acontece. Já emprestei um que passou para umas dez pessoas e voltou péssimo. E nem acho que foram as dez pessoas que o deixaram assim, o mau uso de apenas uma fez o belo trabalho parecer de todos. Sim, fiquei chateada. Mas já deixei livros meu assim pelo simples fato de tirar e colocar na mochila várias vezes. Por isso agora sempre coloco em um saquinho.

Todo mundo vai deixar seu livro destruído? Não, se for um leitor como você é até possível que te dê um novo livro se aconteça algo. Já fiz isso, já fizeram comigo. Não sendo de um grande valor sentimental, a amizade parece até maior quando te devolvem um livro novo por algum acidente.

Já cheguei a emprestar um livro que estava lendo para usarem de suporte. E juro, só emprestei por ser uma reunião da igreja. Nesse caso umas três pessoas tenham deixado fortes assinaturas no livro (eu tenho seus nomes, queridos!). Porém, no final, emprestar sempre me pareceu uma boa solução. Mesmo que nesse caso não tenha sido para a leitura...

Emprestar um livro não te dá garantia de 100% de devolução e 0% de danos, mas ainda é uma ótima forma de garantir uma leitura legal para alguém especial ou não. E o mesmo serve para quem for pegar emprestado, cuide com carinho. Como se fosse seu. E sempre lembre, devolver direito pode te garantir várias leituras. Então, compartilhe sua opinião sobre o assunto. Seu comentário sempre será bem vindo.

Fonte imagem: Estante virutal

Manhã de Núpcias

Manhã de Núpcias é o quatro livro da série Os Hathaways e o primeiro livro que leio da série e da autora Lisa Kleypas. Não gosto de começar séries pelo meio mesmo que cada livro seja independente, porém esse foi o único título que achei para o Desafio Literário de março. Nessa parte do desafio, a leitura deveria ser escolhida com base na última frase da leitura de fevereiro. Então A Seleção puxou Manhã de Núpcias.

A série fala sobre os irmãos Hathaways, que devido uma série de acontecimentos transformou Leo Hathaway em Lorde Ramsay. Nos três primeiros livros temos as histórias de suas três irmãs Amelia, Win e Poppy que ainda estão presentes nesse livro. E essa é uma parte bem chata para quem não leu os livros das irmãs. É claro que sabemos o objetivos desses livros, mostrar o desenvolvimento do amor dos personagens. Sabemos que no final tudo dará certo, mas precisamos saber como. Entretanto, quando você começa a ler no meio da série, os personagens em si já foram apresentados. Já existe uma ligação entre eles e os leitores. E mesmo que você não saiba exatamente como eles se uniram, está lá cada demostração e gesto que você já perdeu. Isso foi bem confuso para mim no início. Lidar com quem é quem, e a ligação que eu poderia ter com o desenvolvimento dos personagens prosseguindo nos outros livros.

Em Manhã de Núpcias o foco principal é em Leo, lorde de Ramsay e Catherine Marks, a governanta da casa. Catherine é uma jovem cheia de segredos e angústias. Os dois vivem trocando farpas e não tem um momento em que se cruzem que não acontece uma briga (sim, entre a governanta e o lorde dono da casa). Mas com o passado nebuloso de Leo, a Srta. Marks poderia ser a melhor pessoa com quem conviver, mesmo que o lorde mostrasse uma outra face da garota.

Para quebrar o momento de paz na família, a propriedade que eles aprenderam a amar e gastaram grandes esforços para mantê-la em pé, pode ser devolvida para a viúva do antigo lorde Ramsay e sua filha. O único jeito de manter a propriedade é se Leo Hathaway se casar e ter um filho em um ano. O que para um solteiro inveterado é algo quase impossível.

Apesar de não ter começado o livro de um bom jeito - confusão de quem é quem, o que já aconteceu, etc - passei a gostar quando fui conhecendo mais os personagens. Fiquei com vontade de ler os demais para saber o nível de desenvolvimento que foi mostrado nesse livro, mas deu para sentir que alguns personagens foram muito bem abordados na continuação, como o caso de Poppy e Harry Rutledge.

Também é interessante ver como a autora trata o caso do homem naquela época, não suavizando as características brutas e a dominação que era ainda maior na época. Tem momentos que eles falam coisas como "sim, eu sou um homem" ou "era o esperado por ele" e você consegue imaginar a pressão da sociedade para as mulheres e para os homens em uma época que aparência era tudo. Não que hoje em dia isso ainda não prevaleça. 

Posso dizer que o desafio está me fazendo aventurar por histórias incríveis e que Manhã de Núpcias é um livro que posso recomendar como um ótimo romance histórico. Cheio de reviravoltas, emoções e situações que fogem do esperado. Vou tentar ler logo os demais livros da série e atualizar minhas informações sobre a série. Então venha conhecer os irmãos Hathaways e quem sabe se apaixonar por cada um.

Boa leitura.

Um Perfeito Cavalheiro

Benedict Bridgerton não possui nenhum título que poderia transforma-lo em um dos homens mais cobiçados da temporada. Normalmente era visto como "um Bridgerton" ou "irmão dois", mas sua aparência, fortuna e sobrenome o transformavam em dos melhores candidatos para marido das últimas temporadas. Isso se ele sentisse algum prazer em receber tanta atenção.

Em uma noite de festa na Casa Bridgerton, ele acaba descobrindo que se casar não poderia ser tão difícil, ainda mais após conhecer a mulher de sua vida. Infelizmente, a jovem havia ido embora sem nem ao menos revelar seu nome.

Para Sophie Beckett, aquele baile de máscaras seria a melhor (e única) noite de sua vida. Como filha bastarde de um conde e torturada pela madrasta, o sonho daquela noite a manteria esperançosa de que um dia seu cavalheiro a encontraria, acabando com suas trevas.

Dois anos se passam até o próximo reencontro. Apesar de Benedict não reconhecer sua amada em nenhum momento juntos, a paixão entre eles permanecia acesa. Mesmo que sem o reconhecimento de que a jovem Sophie (uma simples criada), seja sua dama misteriosa. Porém, o reencontro também acende o coração do Bridgerton de que um dia poderia se casar com a jovem do baile, mas o que aconteceria com Sophie?

O título Um Perfeito Cavalheiro é um tanto sugestivo quanto a história, afinal Benedict acaba não se mostrando tão cavalheiro assim. Ele a deseja, a quer como amante e faria qualquer coisa para não ficar longe dela. Incluindo cenas provocantes, engraçadas e até alguns momentos de chantagem. Um imperfeito cavalheiro. Ainda assim, Benedict é o charme em pessoa. E Sophie sabe que é difícil resistir a isso.

Imagino Julia Quinn com vários rascunhos imaginando onde inserir algo de um livro e outro no enredo. Dando dicas para o próximo livro, assim como retomando personagens dos outros livros. Afinal, eles são uma família unida e não sumiriam do nada. Sinto que a cada livro a autora vai se desenvolvendo mais. Coisas que eu não gostava muito no primeiro livro, tem diminuído nas continuações. E a cada livro sinto que não quero largar até chegar na última página.

Então, mais uma vez recomendo a série dos Brindgertons. Os livros estão sendo um dos melhores vícios que tenho tido ultimamente. As capas são lindas, os enredos apaixonantes e os personagens nos aproximam daquela família a cada capítulo. Não vejo a hora de continuar essa incrível série.

Boa leitura!

Lendo no Momento #2

Em fevereiro postei algumas de minhas leituras, e posso confessar que acabou me incentivando a continuar duas leituras que não estavam fluindo tão bem. Quase um momento desabafo rs. Ainda estou lendo um dos livros que postei no Lendo no Momento #1, Desde o Primeiro Instante. Mesmo com as reviravoltas do enredo, não tenho me conectado muito bem com a leitura, apesar de não ser um livro ruim. Ainda assim, espero terminar na próxima semana. 

Além dessa leitura, estou acompanhada de mais três livros. Apesar de ter lido outros livros no intervalado do primeiro post com esse segundo, vou tentar postar apesar quando tiver uma quantidade mais relevante. E tem livros que pego e acabo devorando mais rápido que o post. Então vamos as leituras:

Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas.


Julia Quinn está sendo uma grande descoberta. Se tem livros que tenho devorado de verdade são os dela. Comecei Um Perfeito Cavalheiro hoje e já estou nas páginas finais. Fazia tempo que eu não parava metade do dia para ler um livro inteiro assim. Estou louca pela série.

A Máquina de Contar Histórias - Na noite em que o escritor best-seller Vinícius Becker lançou A Máquina de Contar Histórias , o novo romance e livro mais aguardado do ano, sua esposa Viviana faleceu sozinha num quarto de hospital. Odiado em casa por tantas ausências para cuidar da carreira literária, ele vê o chão se abrir sob seus pés. Sem o grande amor da sua vida, sem o carinho das fi lhas, sem amigos... O lugar pelo qual ele tanto lutou revela-se aquele em que nunca desejou estar.Vinícius teve o mundo nas mãos, e agora, sozinho, precisa se reinventar para reconquistar o amor das filhas e seu espaço no coração da família V.Uma história emocionante, cheia de significados entrelaçados pela literatura, mostrando que o amor de um pai, por mais dura que seja a situação, nunca morre nem se perde.


Decidi ler A Máquina de Contar Histórias por já ter lido outro livro do autor. Sem falar que é sempre bom ler um nacional. Nas primeiras páginas já temos o enredo bem interessante, e espero não me decepcionar com a história, mas desejava que o livro fosse um pouco maior. Fico na dúvida se será possível abordar toda o tema em quase 200 páginas. O jeito é terminar para ver.

Quando herdou o título de lorde Ramsay, Leo Hathaway e sua família passavam por um dos momentos mais difíceis de sua vida. Mas agora as coisas vão bem. Três de suas quatro irmãs já estão casadas, uma preocupação que Leo nunca teve consigo mesmo. Solteiro inveterado, ele tem uma certeza na vida: nunca se casará.Mas então a família recebe uma carta que pode pôr tudo isso em risco: se Leo não arrumar uma esposa e gerar um herdeiro dentro de um ano, ele perderá o título e a propriedade onde todos vivem.Solteira e sem pretendentes, a governanta Catherine Marks talvez seja a única salvação da família que a acolheu com tanto carinho. O único problema é que Leo não compartilha do mesmo afeto que suas irmãs têm pela moça.Para ele, Catherine é uma megerazinha cheia de opinião que fala demais. Apesar de irritá-lo e quase o levar à loucura, ela é a primeira – e única – mulher com quem ele considera se casar.Catherine, por sua vez, tem uma opinião igualmente negativa a respeito do patrão. Além disso, ela esconde alguns segredos do passado e um deles pode destruir a vida que tão cuidadosamente construiu para si.Agora Leo e Catherine precisam um do outro, mas para vencer as dificuldades e consertar as coisas eles terão que superar as turras e as diferenças, num romance intenso e sensual que só Lisa Kleypas poderia ter escrito.


Estou lendo Manhã de Núpcias pelo Desafio Literário, que apesar de ser o tipo de leitura que gosto, até agora não tem me agradado muito. Culpo esse fato pelo simples fato de ser o quarto livro da série e o primeiro que leio. Mesmo não tendo uma ligação direta, tem alguns fatos que entenderia melhor se acompanhasse do início. Como foi o único que livro que achei com o título, decidi dar uma chance e ver no que dá.

E essas são as minhas leituras do momento. E você, o que tem para contar?

*Sinopses retiradas do skoob.

Extraordinário

"Você sabe do que estou falando falando, diz, e toma um grande gole de sua garrafa d'água. Vamos encarar os fatos, continua, o universo não foi legal com Auggie Pullman."

August Pullman nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma deformidade facial. Além de outros sérios problemas de saúde que em alguns casos os médicos nem sabem identificar. Aos dez anos já passou por mais cirurgias que uma pessoa poderia passar em umas quatro vidas. Por isso, até aquela idade ele nunca havia ido para uma escola, sendo educado pela própria mãe em casa. Entretanto, já estava na hora dele poder vivenciar as demais experiências da infância. Aprender em uma escola, fazer outros amigos e viver.

Dentro de casa o garoto era amado e super protegido. Apesar de ter poucos amigos, todos sabiam que manda-lo para escola seria a situação mais difícil que poderiam submete-lo. Pessoas desconhecidas em situações desconhecidas. Todos olhariam para August com aquela mesma expressão que ele via sempre que saia de casa. Aquela expressão que mesmo tendo se acostumado ainda lhe causava dor.

Em todos os lugares que Auggie e a família iam, as pessoas só conseguiam ver um garoto deformado. O que definitivamente não era algo para que o garoto pudesse ser conhecido. Carinhoso, brincalhão e um grande fã de Star Wars, August era apenas um garoto normal com sérios problemas genéticos. O difícil seria fazer as pessoas verem isso. E ao decorrer do enredo, pode apostar que vai ficar com raiva de muitos personagens.

Gostaria de ter lido o livro logo que lançou. Apesar do livro ser infantil (ele é narrado por diversos personagens, incluindo Auggie, seus amigos e familiares) é bem forte pelas situações e sentimentos descritos. Meio impossível ler o livro e não refletir sobre suas ações e sobre as ações dos homens. Enquanto ele vê alguém o encarado com medo, você vê o que se passa pela mente dele. Ou de sua irmã. E até mesmo da melhor amiga dela. 

R. J. Palácio, fez um ótimo trabalho em Extraordinário. Os personagens foram muito bem elaborados, sendo trabalhado suas dores e suas visões sobre August. É interessante que ela não criou algo em que só o menino tem problemas, em que só ele pode sofrer. Ela abordou esses momentos no livro com a maioria dos personagens descrevendo seus maiores desafios. E tenho que dizer, que sorte August e Olivia têm por terem pais tão amorosos como os Pullman. Eles são uns amores de personagens e poderiam enfrentar todo o universo pelo amor de seus filhos.

Extraordinário é uma leitura obrigatória para adultos e crianças. Talvez, um pouco dos ensinamentos do livro possam nos fazer ser mais gentis com os próximos e não olhar apenas as belezas mais visíveis das coisas.O livro é uma bela reflexão de como devemos sorrir e brincar mesmo nos momentos mais difíceis. Chorei de tristeza, felicidade, raiva... E no final, acho que posso trazer comigo um grande amigo (ou vários). August, Olivia, Miranda, Justin, Jack... Todos me ensinaram algo que nem ao menos sei explicar. Então, leiam esse livro incrível e extraordinário e o passem adiante. E lembrem-se "quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.".

Boa leitura!


P.s.: Detalhe que nessa edição do livro a capa é assim mesmo, com essas manchinhas desbotadas. Legal, não? Jurei que era problema do livro rs.

Amar Outra Vez


James Morrell é médico chefe do departamento de emergência no North London Regional Hospital. Após um terrível acidente em uma rodoviária em Londres, diversas ambulâncias e hospitais estavam em uma intensa correria para manter todos vivos. Apesar da situação já estar quase em pleno controle, James ainda sente que algo está errado. E o inesperado acontece algumas horas depois, uma moça havia sido esquecida um pouco distante do acidente. Para a surpresa do médico, uma pessoa que não acreditava mais encontrar.

As lembranças, momentos juntos, risadas e a tristeza da separação. Tudo pareceu voltar no instante em que visualizou o corpo de Lorna McCleland. Ver seu antigo amor entre a vida e a morte seria pior que qualquer sentimento que James poderia imaginar.

Ultimamente tenho tido uma grande sorte com os romances que tenho lido. E Amar Outra Vez, de Carol Marinelli, foi outra leitura de sorte. Me apaixonei pelos personagens e por sua história de vida. Ambos não são pessoas perfeitas e tem um conturbado passado juntos. Porém, mesmo após dez anos, os sentimentos ainda são devastadores. Como em parte do livro Lorna está em recuperação, alguns acontecimentos passam mais rápidos. E como James normalmente é chamado - ou foge - para o hospital (onde se passa grande parte do enredo), resta muitos momentos de lembranças de como foi o passado dos dois.

É incrível como a autora aparenta ter conhecimento sobre os assuntos médicos abordados. Quase me senti em meio a um drama de Grey's Anatomy, com uma Shonda Rhimes "torcendo" para alguma tragédia acontecer.

Amar Outra Vez mostra um casal com uma enorme distância entre si e as dores que ainda permanecem entre os dois. Nessa história, não temos apenas um romance desgastado pelo falta de dedicação, mas pelas tragédias que a vida prega. Uma linda história que emociona e nos faz refletir sobre o poder das palavras, dos gestos e do amor.

Boa leitura.

(Essa outra capa é um amor, não?)

O Visconde que me Amava

O Visconde que me Amava, segundo livro da série Os Bridgertons, de Julia Quinn, tem como destaque Anthony Bridgerton, visconde e irmão mais velho da família. Anthony tem uma boa fama de libertino, intensificada ainda mais pela Lady Whistledown (a fofoqueira sem um nome real). Mesmo sem uma identidade, a colunista tinha fieis seguidores, como a Srta. Kate Sheffield. Kate está em sua primeira temporada em Londres, porém com uma idade quase avançada para um incrível pedido de casamento. Quase 21 anos! Se não fosse a precária economia e pequena família, ela nem faria questão de ir para Londres tentar fisgar um noivado. Todos sabem que a dama ideal era sua irmã Edwina Sheffield, a melhor pretendente da temporada. E o visconde sabia disso. 

Enquanto vários cavalheiros esperavam cortejar a jovem Edwina, teriam que torcer para uma benção de Kate também. Outra coisa que o visconde também já sabia. Ele só não esperava uma jovem mordaz e sarcástica, que o odiava e que prometia mantê-lo longe de sua doce irmã. E então os jogos começam, de um lado Anthony e sua vontade inesperada de casar. E de outro Kate, esperando arrumar o casamento ideal para sua irmã. E claro, faíscas acabam rolando entre os dois.

Posso dizer que o segundo livro da série me pegou de vez. Apesar de ter adorado O Duque e Eu, não havia me conectado com a forma de escrever da autora. E ler O Visconde que me Amava foi uma agradável surpresa. Anthony é um homem muito ressentido com a morte de seu pai, porém ainda é uma pessoa divertida e um tanto cruel quando quer. Já Kate é normalmente a pobre garota esquecida pelas demais pessoas da sociedade. A beleza de sua irmã é tanta que normalmente esquecem que ela está na sala. Por sorte, isso não a impede de amar sua irmã. Aparentemente, a única coisa que ambos tem em comum é o amor pela família (e o sarcasmo).

Adoro a forma como a química dos personagens te prende ao enredo. E não tem como não amar essa  enorme família. Julia Quinn soube abordar bem essa mistura de 8 irmãos. E ainda nos aguçar com as futuras histórias. É interessante ver o trabalho que ela tem em entrelaçar o que já aconteceu e o que vai acontecer. Me vejo devorando todos os livros e tentando decidir qual será meu favorito (coisa que percebo que será difícil). Já me encantei com a pequena amostra do terceiro livro. E com uma pista do quarto.

Tenho que agradecer por trazerem de volta essa série e tão bem arrumada. E pasmem! Me apaixonei até pela carta da autora no final do livro. A Julia parece ser uma fofa. E para melhorar, ainda vem para a bienal. Então, não venho apenas recomendar O Visconde que me Amava, mas toda essa série magnifica.

Boa leitura!